quinta-feira, 17 de março de 2011

Fontes para pesquisas acadêmicas

(texto estraído do Manual de Laboratório de Jornalismo na Internet, de Marco Palácios e Beatriz Ribas - 2007)

Produzir listas de referências é sempre uma missão impossível. Especialmente quando o assunto é altamente mutável, com produção contínua de grande quantida- de de bibliografia, como no caso de temas relacionados à Internet, de maneira geral. As listas produzidas serão sempre incompletas e rapidamente estarão defasadas. Além disso, há a questão do idioma. Listas em português? Em inglês? Português, inglês e espanhol como idiomas-requisitos mínimos para avançar na pesquisa sobre o Jornalismo na Internet?

Assim, para evitar o que seria a inevitável incompletude, optamos por não listar. A tentativa aqui se restringe a contribuir para que os interessados possam buscar suas próprias referências.

O que apresentamos abaixo são apenas alguns pontos de partida para buscas, especialmente sob a forma de repositórios. Este material consta do site de apoio do livro (http://www.manualjol.com) e será atualizado, com incorporação de sugestões dos próprios usuários.

1. PORTAIS

http://www.periodicos.capes.gov.br/

O mais importante site brasileiro para acesso a Periódicos Especializados, Ba- ses de Dados Científicas, Bancos de Teses e Dissertações e outras fontes de informação científica. Compreende o Portal de Periódicos CAPES e toda a infor- mação a ele agregada. O acesso pleno (textos completos) aos 11419 (em outubro de 2007) periódicos brasileiros e estrangeiros alojados no Portal está restrito a Universidades Federais e outras instituições públicas e privadas de ensino e pesquisa conveniadas. Resumos podem ser livremente acessados. Além disso, existe um grande número de revistas, bases de dados e repositórios de teses e dissertações de livre acesso para qualquer interessado.

Acesso Livre ao Conhecimento

http://biblioteca.iscte.pt/AcessoLivreConhecimento.htm

Um portal da Biblioteca do ISCTE (Portugal) com vários links para acesso a
bancos de periódicos, repositórios acadêmicos, etc

Registry of Open Access Repositories

http://roar.eprints.org/

Indexa repositórios acadêmicos em todo o mundo.

2. BUSCAS ESPECIALIZADAS

Além do Google Acadêmico (http://scholar.google.com.br/ ), especializado na busca de material de caráter acadêmico e científico, uma série de outros sites de busca podem ser utilizados, na tentativa de localizar material relevante, sugerimos mais alguns:


OAister

http://www.oaister.org/

Recursos digitais, tanto em textos(livros artigos), quanto outros formatos (vídeos, fotos, etc). Buscas podem ser feitas através de combinação de palavras-chave (por exemplo journalism + Internet). Material em inglês.

Scirus

http://www.scirus.com/srsapp/

Site para busca de material científico e acadêmico, incluindo textos sobre jor-
nalismo (em inglês).

In Extenso

http://www.in-extenso.org/index.html

Busca de material acadêmico (em francês).

Vivisimo

http://vivisimo.com/

Um site que busca por agregação de assuntos (clusters). Buscas podem ser
feitas em todos os idiomas.

3. LIVROS ON-LINE


C-Theory Books

http://www.ctheory.net/book_default.asp

Livros sobre a Cultura Digital, para livre acesso e download.

Digital Book Index

http://www.digitalbookindex.org/about.htm

Um portal que agrega mais quase 140 mil livros on-line, comerciais e não
comerciais. Muitos são de livre acesso.

Livros LabCom

http://www.labcom.ubi.pt/livroslabcom/index.html

Um site da Universidade da Beira Interior (Portugal) que disponibiliza livros com livre acesso, em português. Vários títulos diretamente relevantes para o estudo do Jornalismo na Internet.

Project Gutenberg

http://promo.net/pg/

A mais antiga iniciativa na Internet para a digitalização de livros. Em geral
trata-se de livros de domínio público ou cujos direitos foram cedidos.

4. ARTIGOS ON-LINE

Biblioteca On-line de Ciências da Comunicação (BOCC)

http://www.bocc.ubi.pt/

Atualmente a maior coleção de artigos e outros textos (dissertações, teses,
ensaios) em português, na área de Comunicação.

Biblioteca Online da COMPOS (Associação Nacional de Programas de Pós-Graduação em Comunicação)

http://www.compos.org.br/

Material de Grupos de Trabalho da COMPÓS e links para publicações, disser-
tações e teses COMPÓS - (Via menu lateral)

CTheory Net

http://www.ctheory.net/home.aspx

Artigos sobre diversos aspectos da Sociedade Digital (em inglês).

quinta-feira, 3 de março de 2011

Dicas de pesquisa no Google

PALAVRAS E FRASES>

- Expressões exatas: coloque entre aspas. Ex: “revolução francesa”

- Palavras em uma mesma frase, JUNTAS: use asterisco. Ex: vovô*uva

- Resultados que não contenham uma palavra: sinal de MENOS. Ex: vovô –uva

- Só o termo procurado e não o plural: Sinal de MAIS. Ex: +aluno (e não alunoS)


PARA ENCONTRAR>

- A definição de um termo: use a expressão DEFINE. Ex: define: estroboscópico

- Palavras apenas em sites acadêmicos: use “site:edu” (sem espaço) Ex: estroboscópico site:edu

- Palavras em um site específico: use “site:end. do site”. Ex: policiamento site:www.uol.com.br

- Palavra em formato específico de documento: use “filetype:form. de doc”. Ex: estroboscópico filetype:doc


CÁLCULOS>


- Resultado de operação matemática: coloque os sinais +,-,x e/. Ex: para saber o result. De 25 dividido por 5, coloque 25/5

- Porcentagens: é muito simples. Ex: para saber quanto é 5% de 850, digite 5% de 850

- Raiz quadrada: simples tb. Ex: digite Raiz quadrada de 16

- Conversão de medidas: simples. Ex: digite 500 quilômetros em metros

- Conversão de moedas: simples. Ex: digite 35 dólares em euros


CURIOSIDADES>

FILMES: Resenhas de filmes sobre um tema: coloque movie: e, sem espaço, o assunto que deseja pesquisar. Ex: movie:ovnis


CLIMA NO MUNDO: Digite a palavra tempo seguida do nome da cidade. Ex: tempo Londres






Fonte: revista Superinteressante, abril/maio de 2009

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Aula expostiva e exercício em duplas - HIPERTEXTO E TIPOLOGIA DE LINKS

Bem, amigos...

Já entendemos o funcionamento de um blog, bem como as implicações dessa nova e, por que não dizer, revolucionária maneira de se comunicar.

Agora, vamos dar uma mergulhada nos conceitos e nas aplicações do hipertexto, um dos principais fundamentos do webjornalismo, e, em seguida, fazer um bom exercício, EM DUPLAS E VALENDO 30 PONTOS, sobre o assunto.

Para começar, gostaria muito que visitassem este endereço aqui, no qual poderemos obter noções básicas sobre o hipertexto. Em seguida, peço que prestem bastante atenção às cinco categorias hipertextuais abaixo, descritas pelo professor norte-americano Georde Landow - e que reúnem algumas das principais características do webjornalismo -, e ao texto sobre classificação de links, de Luciana Mielniczuk, logo na seqüência:

CATEGORIAS HIPERTEXTUAIS

Descentralização: permite ao usuário criar o centro ou ponto de partida do foco de seu interesse, a medida que navega e vai mudando o núcleo de ênfase da sua intenção/ atenção em relação ao que precisa e deseja. É a multilinearidade, o leitor pode partir de qualquer lugar, escolhendo de onde para onde deve ser sua leitura.

Multivocalidade: É a possibilidade de um texto não ser elaborado por apenas uma pessoa, mas da complementaridade do trabalho de várias pessoas em função de um ou vários assuntos correlatos. Essa característica é bastante importante pois é o pressuposto para o jornalismo interpretativo (permite ao leitor através de várias versões, a possibilidade de tirar suas próprias conclusões acerca do fato).

Intratextualidade: Quando um texto se complementa com outro dentro de um mesmo site, criando uma continuidade informativa através de diferentes textos porém de uma mesma temática.

Intertextualidade: Essa característica permite um texto se complementar com outro que esteja em outro site de mesma temática. É a informação ilimitada por meio de links e toques no mouse.

Navegabilidade: São as várias possibilidades de utilização de recursos que facilitem a navegação e localização dos usuários dentro do site. Aqui entra a função do web design, responsável por facilitar essa navegação.

Interatividade: É necessário que o site propicie uma "conversa" entre o computador e o usuário durante a navegação. Deve-se permitir que todos os envolvidos na interação sejam agentes e participem ativamente na construção do produto final, sendo possível interferir em seu conteúdo.

Agora, vamos falar um pouco na...

CLASSIFICAÇÃO DE LINKS

O texto abaixo apresenta uma proposta de classificação dos links usados em webjornalismo, baseada no capítulo 4 da tese de doutorado de Luciana Mielniczuk (Jornalismo na web: uma construção para o estudo do formato na escrita hipertextual), defendida na Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (UFBA) em março de 2003.

A autora classifica os links quanto:

- ao tipo de "navegação" produzida;
- ao universo de abrangência do link (para onde remete o leitor);
- ao tipo de informação oferecida através do link.

Nesta última classe há uma subdivisão dos links que pertencem à narrativa do fato jornalístico, ou melhor, os links que fazem parte da notícia” (Mielniczuk, 2003).

a) Quanto ao recurso de navegação:

- Conjuntivo: remete para outra lexia (bloco de texto), mas a janela no programa navegador permanece a mesma; muda só o conteúdo que aparece na tela.

- Disjuntivo: ao remeter para outra lexia, abre-se uma janela menor ou mesmo outra janela no programa navegador. Proporciona a experiência de simultaneidade: duas janelas abertas ao mesmo tempo. Geralmente é empregado em duas situações: na utilização de vídeos ou quando trata-se de um link externo.

b) Quanto ao universo de abrangência:

Alguns autores, entre eles Landow (1995), Leão (2001), Paul & Fiebich (2002), classificam os links em:

- Intratextuais: ou links internos, remetem para lexias dentro do próprio site.
- Intertextuais: remetem para lexias externas ao site; também são denominados de links externos.

c) Quanto ao tipo de informação:

- Editorial: pertence ao conteúdo informativo do site. Podem ter a função de organizar o webjornal (organizativos), como são os links que indicam as editorias, ou integrar a narrativa do fato jornalístico (narrativos).

- Serviços: remete a serviços oferecidos pelo webjornal. É interessante observar que estes links podem ser tanto internos quanto externos e que, em geral, referem-se a três tipos de serviços:
a) produzidos e oferecidos pela publicação - ou pelo portal ao qual ela está atrelada - tais como previsão do tempo, cotação de moedas estrangeiras, bolsa de valores, classificados;
b) o serviço pode ser oferecido por outra empresa e o webjornal apenas oferece o link que vai remeter para outro site;
c) na falta de uma nomenclatura melhor, incluímos aqui também os serviços de fórum e chats oferecidos pelo webjornal e focados para assuntos editoriais da publicação.

- Publicitário: remete à publicidade que tanto pode ser externa, de empresas anunciantes, como também pode referir-se a outros produtos do mesmo grupo empresarial, sendo considerado, então, um link interno.

Obs: Os links Editoriais, quando narrativos, podem ainda estar divididos nas seguintes subcategorias, que se referem ao:

- Acontecimento: diz respeito aos principais acontecimentos do fato noticiado.
- Detalhamento: apresenta detalhes sobre o acontecimento, podem ser dados depoimentos, explicações de especialistas.
- Oposição: quando for o caso, apresenta argumentos de entrevistados ou mesmo dados que contestem informações de fontes oficiais ou fontes primárias ouvidas.
- Exemplificação ou particularização: ilustra ou explica o acontecimento com exemplos ou casos particulares, apresentando personagens ou casos semelhantes.
- Complementação: oferece dados complementares que possam auxiliar na apresentação e compreensão do acontecimento (ex: gráficos, estatísticas, históricos, etc).
- Memória: oferece links que remetem ao arquivo de material já disponibilizado sobre o mesmo assunto ou assuntos correlatos.


OBSERVAÇÕES GERAIS:
- Quando falamos em blocos de texto, estamos nos referindo não só a materiais de natureza escrita e sim também a sons e imagens.
- As categorias propostas valem para os diferentes tipos de textos considerados.
- A classificação mapeada não faz com que as categorias sejam excludentes entre si: o mesmo link pode ser enquadrado em ‘rótulos’ diferentes simultaneamente (Mielniczuk, 2003).


O EXERCÍCIO:

Trabalhando em duplas, e feita a leitura do texto acima, examinem dois produtos jornalísticos na web.

Busquem identificar e avaliar a pertinência, utilidade e abrangência das categorias propostas pelos dois autores para uma melhor compreensão do funcionamento da hipertextualidade no webjornalismo.

Escolham dois grandes websites jornalísticos e, com base na análise dessas publicações, respondam, da maneira mais completa possível, o questionário a seguir.

Antes, porém, façam um perfil detalhado de cada site: trata-se de um portal vertical (trata de um tema específico, como automóveis, esportes, etc) ou horizontal (todos os tipos de notícia)? É regional ou nacional? Quem o produz (grupo de comunicação, jornal, TV, rádio)? Como se apresenta sua página inicial? A que tipo de público se destina?, etc.

Questionário:

a) Façam a análise particularizada de cada um dos sites conforme cada uma das categorias de hipertextualidade de Landow. É importante lembrar que tais categorias podem ser usadas com ou sem eficiência pelos sites estudados.

b) Vocês foram capazes de identificar todos os tipos de links citados por Luciana Mielniczuk, nas duas publicações estudadas? Citem exemplos dos tipos de links Editoriais Narrativos encontrados nos dois jornais, de acordo com a tipologia de Mielniczuk.

c) Quais os tipos mais recorrentes de links Editoriais Narrativos? Se faltarem tipos, assinalem quais e tentem explicar por que tais tipos são inexistentes ou muito raros.

d) Comparem o uso de links nas duas publicações, tentando determinar qual delas faz um melhor uso da linkagem. Por que?

e) Examinem o uso de links inter-textuais nas duas publicações. Eles são freqüentes? Busquem exemplos nos dois veículos. Em que tipo de links eles são mais freqüentes?

f) Os dois jornais fazem uso de links disjuntivos? Listem exemplos.

g) Observem os blogs existentes nas duas publicações. Eles estão linkados ao restante do material do jornal? Que tipos de links estão sendo usados?

h) Observem o uso de fotografias nas duas publicações. Como os links estão sendo usados em conjugação com as fotos?

i) Vocês consideram útil essa tipologia de links proposta por Mielniczuk? Que críticas podem ser feitas à tipologia?


IMPORTANTE: TODAS AS DUPLAS DEVERÃO APRESENTAR AOS COLEGAS, EM SALA, SUAS CONCLUSÕES. PORTANTO, DEVERÃO PREPARAR UM ROTEIRO E UM SLIDESHOW PARA ESSA FINALIDADE.

VALOR: 30 PONTOS.
DATA DE ENTREGA: